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As cinco coisas que você deve saber sobre Fobia Social também conhecida como de Ansiedade Social

1. O que é a Fobia Social?

A Fobia social é uma ansiedade intensa em uma variedade de situações sociais, seja de contatos sociais ou de desempenho, ou ambas, acarretando sofrimento excessivo ou interferindo de forma acentuada no dia-a-dia da pessoa. Existe o medo de ser avaliado e um sentimento de incapacidade , de se comportar de um modo humilhante ou embaraçoso e consequente desaprovação e rejeição por parte dos outros.

Os critérios diagnósticos do DSM IV para a fobia social incluem os seguintes exemplos: incapaz de falar ao se apresentar em público, engasgar com o alimento quando comendo na frente dos outros, ser incapaz de urinar em banheiro público, tremer as mãos quando escrevendo em presença dos outros, e dizer coisas tolas ou não ser capaz de responder a questões em situações sociais.
A fobia social é classificada em:

– Subtipo generalizado de fobia social – aquele em que o indivíduo teme ou evita a maioria das situações sociais, senão todas;

– Subtipo circunscrito de fobia social no qual a ansiedade é restrita a determinadas situações (escrever, beber e dirigir, entre outras).

2. Por quais razões a Fobia Social se desenvolve?

Perspectivas filogenéticas. A ansiedade social é normal, é uma herança dos nossos antepassados que nos previne quanto a ameaças e faz com que tenhamos comportamentos sociais adequados. Os estímulos, na grande maioria das vezes, eliciam ansiedade social na maior parte das pessoas, como por exemplo, falar em público. A ansiedade social, decorrente desses estímulos passa a ser patológica devido a ocorrência decomportamentos de fuga e esquiva, que impedem a pessoa de desempenhar os seus papéis sociais a contento.

Condicionamento: A fobia social pode se desenvolver como conseqüência de uma ou mais experiências de condicionamento traumático

Modelo: Os pais de sujeitos com fobia social costumam evitar situações sociais

Estilos parentais: Os estilos de rejeição e de superproteção dos familiares são mais fortemente associados com a inibição social O encorajamento dos pais na sociabilidade dos filhos gera oportunidades para aquisição de habilidades sociais, expõe a criança a novas situações sociais, promovendo a extinção de medos sociais.

Socialização dos papéis sexuais: A socialização dos papéis sexuais também pode estar associada à fobia social. É mais apropriado para as garotas do que para os garotos ser visto como tímido. Os pais são mais propensos a advertir seus filhos do que suas filhas por comportamento tímido e inibido.

Relacionamento com colegas: Crianças e adolescentes tímidos parecem estar mais propensos a experimentar relações negativas com os seus colegas, possivelmente porque a inibição e o retraimento da criança tímida é percebido como desviante do comportamento social apropriado à idade, pelo grupo de colegas, sendo respondido com negligência, rejeição ou maltrato.

Traços de personalidade: Pessoas que se esquivam de situações em que são foco, possuem regras rígidas atuando com regras auto impostas. São inassertivos, usualmente seguem os objetivos dos outros pois não tem metas claras.

3. Como sei identificar se alguém está com esse problema?

Deve-se procurar ajuda quando o rendimento na escola cai a níveis incompatíveis ou no momento em que o desempenho profissional é prejudicado, ou se o convívio social se torna um fardo insuportável

Os pais devem estar atentos aos filhos tímidos principalmente na adolescência, onde a timidez crônica possa vir a se transformar em fobia social

4. A Fobia Social tem tratamento?

Sim. O melhor é a combinação de tratamento farmacológico combinado a psicoterapia cognitivo comportamental. O Tratamento farmacológico inclui vários tipos de medicações, como antidepressivos,bensodiazepínicos (ansiolíticos) IMAOs, algumas vezes betabloqueadores, e até antipsicóticos. Depende da avaliação do psiquiatra e cada paciente tem a sua indicação. Da mesma forma o tratamento psicoterápico será indicado para cada paciente de acordo com a avaliação do psicoterapeuta e pode incluir treino de habilidades sociais, técnicas de relaxamento, exposição a situações temidas, e mudança de pensamentos negativos. A forma de terapia em grupo é mais indicada do que a terapia individual para estes pacientes porque o grupo funciona como ensaio de situação social, vivida pelo paciente e observada pelo terapeuta e é uma boa maneira do terapeuta monitorar se o paciente está assimilando o tratamento de forma adequada.

5. A quem devo buscar para pedir ajuda/auxílio?

Procure um psicólogo ou psiquiatra, que poderão indicar inclusive um acompanhante terapêutico para auxiliá-lo (a)no tratamento. A abordagem cognitivo comportamental em todas as suas vertentes é a indicada para esse tipo de problema.


Mariângela Gentil Savoia, psicóloga do Programa de Ansiedade do HC – FMUSP, membro científico da APORTA , membro do Conscientia – Núcleo de Estudos em comportamento e saúde mental

mariângela@conscientia.com.br
AMBAN: 3069 6988 – www.amban.org.br
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